Torneio de FIFA e fim do ano lectivo

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Em Coimbra, cidade onde as pedras parecem guardar segredos de gerações de estudantes, as aulas na faculdade corriam num ritmo sempre puxado.

Mas, apesar da pressão e das noitadas de estudo, o grupo de amigos arranjava sempre um jeito de aliviar o stress e esquecer as responsabilidades académicas.

O Michel e o António eram os mais antigos do grupo, e foi através deles que a roda de amigos começou a ganhar forma, quase como um ritual informal que já parecia tradição.

Era hábito encontrarem-se nos cafés da zona velha, onde passavam horas a beber minis, fumar cigarros e conversar sobre tudo e mais um pouco.

Os cafés eram sempre ponto de encontro, mas o verdadeiro ritual acontecia em casa de um deles, quando se reuniam para os míticos torneios de FIFA.

Os torneios eram levados a sério, com ares de competição profissional: jogava-se a dinheiro ou, muitas vezes, quem ganhasse o campeonato recebia uma grade de minis de presente.

Todos davam o seu melhor, e cada jogada vinha acompanhada por um entusiasmo que fazia a casa tremer. Nos dias em que o jogo apertava e a tensão subia, a sala enchia-se de gritos, risos e piadas, quase como se estivessem num estádio de futebol.

Os sofás já estavam gastos, o cheiro da erva misturava-se com o som das gargalhadas, e o comando da PlayStation passava de mão em mão, com cada um ansioso por provar a sua destreza e, claro, garantir o próximo prémio.

Era nessas tardes que as conversas mais soltas surgiam, regadas a risos e trocas insultos gratuitos.

Entre golos e jogadas, o tema “gajas” aparecia inevitavelmente. E aí, sem muita cerimónia, lá começavam a partilhar os perfis de Instagram das amigas, das amigas das amigas e, claro, das influencers que todos seguiam em segredo.

Num segundo, o ecrã do telemóvel já estava a circular pelo grupo, com cada um a fazer o seu comentário, entre elogios exagerados e piadas que arrancavam gargalhadas.

“Olha esta aqui… a gaja até parece que saiu de uma revista!” — dizia um deles, enquanto mostrava o perfil de uma influencer de férias no México.

“Nem precisávamos de ir tão longe, se calhar ela dorme no Pedro Nunes”, ria-se outro, entrando na onda.

Havia uma certa magia naqueles encontros, uma cumplicidade que transformava os encontros do dia a dia em momentos de pura diversão, longe das preocupações e do stress da faculdade.

Para além disto, contavam histórias das saídas para as discotecas ou outros acontecimentos “marados” (como eles gostavam de dizer).

Este era, no fundo, um grupo de 8 rapazes fervorosos e cheios de vontade de foder e ter a chamada “vida loka”.

Ainda sobre estas saídas e piadas, o Michel não ligava muito e por norma não tecia grandes comentários.

Já o António acabava por fazer comentários infelizes sobre o Michel como por exemplo: “anda lá oh Michel, precisas ser homem” ou “temos aqui um padre ou um gay”.

Os amigos detestavam este tipo de intervenções, que surgiam habitualmente pelo macho boy do António (quando bebia mais que 6 minis).

O Michel pouco se importava, mas a insistência do António por vezes irritava-o.

Mas uma coisa era certa… os comentários surgiam do nada e parecia o velho ditado do “quem desdenha quem comprar”.

Mais informações sobre o Michel e o António

Para Michel, Coimbra representava mais do que apenas um lugar para estudar.

Aos 21 anos, ele estava em Portugal há dois anos, depois de uma infância e adolescência passadas na Suíça, onde os pais tinham emigrado em busca de uma vida mais estável.

Nascido e criado em Lausanne, o Michel era fluente em francês e tinha um sotaque que chamava a atenção, algo que seus amigos não demoraram a imitar e transformar em piada.

Decidir vir para Coimbra foi uma escolha pessoal e também familiar: além de ser uma cidade histórica com uma tradição académica vibrante, era uma oportunidade de ficar mais perto dos avós paternos.

O avô, que vivia em Taveiro, nos arredores de Coimbra, tinha sofrido um AVC recentemente e necessitava de cuidados diários.

O Michel, preocupado com o bem-estar do avô e desejando fortalecer os laços com a família que, de certa forma, conhecia mais por cartas e chamadas do que por proximidade, assumiu a responsabilidade de ajudá-lo.

Com um jeito tranquilo e um ar um pouco distante, o Michel era o “observador” do grupo, e todos sabiam que, apesar da sua natureza reservada, ele era confiável e um bom ouvinte.

Tinha um humor ácido que revelava, em raros momentos, mas que arrancava sempre boas gargalhadas.

Estava a estudar Engenharia Informática e passava boa parte do tempo a programar ou a resolver problemas matemáticos, uma paixão que trouxe consigo da Suíça e que o mantinha focado.

Os amigos, no entanto, brincavam que ele era “o suíço certinho”, mas sabiam que, nos encontros e nas saídas à noite, ele se soltava, revelando um lado mais descontraído.

Já o António, aos 20 anos e natural de Leiria, era o oposto: extrovertido, falador e sempre a fazer-se ao papel de “engatatão” do grupo. Alto e moreno, com um ar de quem não passa despercebido, o António gostava de se vestir bem e tinha uma autoconfiança que, em parte, escondia as suas inseguranças.

Muitos acreditavam que a sua personalidade efusiva e a “mania” de achar que todas as raparigas estavam interessadas nele eram uma forma de disfarçar as saudades de casa e a falta de estabilidade que sentia.

Filho único, vinha de uma família tradicional e tinha uma ligação forte com os pais, que o mimavam e estavam sempre a par das suas aventuras na universidade.

O António estudava Direito e fazia questão de enfatizar que seria um “grande advogado” um dia.

Mas os amigos sabiam que, por trás das ambições e do riso fácil, havia um lado que raramente mostrava, marcado pela pressão de corresponder às expectativas da família. Nas saídas à noite, o António era o primeiro a puxar pelo grupo e a arranjar conversa com estranhos.

Tinha um talento especial para fazer amigos em qualquer lugar, desde bares movimentados do centro de Coimbra até festas académicas mais reservadas.

Com o seu jeito falador e charme natural, o António conseguia envolver todos nas suas histórias exageradas, muitas das quais com um toque de fantasia que todos já sabiam distinguir.

O Michel e o António eram quase o oposto um do outro, mas essa diferença era exatamente o que tornava a amizade deles especial.

Nos cafés, entre torneios de FIFA e conversas sobre as “gajas” do Instagram, eles complementavam-se e encontravam em Coimbra, e no grupo de amigos, uma espécie de família adotiva que lhes oferecia conforto e diversão, enquanto ambos tentavam fazer de Coimbra uma casa.

Fim do ano letivo e torneio a acontecer até às tantas

Naquele final de tarde no apartamento espaçoso do Marco, do Lourenço e do Cardoso (local onde geralmente os amigos se encontravam), a atmosfera era de festa e excitação.

O ano letivo estava finalmente a chegar ao fim, e o grupo de amigos tinha decidido despedir-se em grande estilo, com uma última celebração antes de cada um voltar para a sua cidade.

Eles juntaram-se no apartamento dos três, que, além de ser o maior do grupo, também era o ponto de encontro ideal para as tardes de diversão e os torneios de FIFA.

Como de costume, espalharam-se pela sala, cada um já com uma mini na mão e os snacks a circular. A televisão estava ligada, o volume das gargalhadas subia cada vez mais, e o FIFA estava prestes a dominar a atenção de todos.

Entre o falatório e as brincadeiras, o Michel e o António, voluntariaram-se para preparar o jantar enquanto os outros ficavam na sala a dar início ao torneio.

O menu, “bifinhos com cogumelos” acompanhados de arroz e batata de pacote, era um clássico das festas, e o Michel e o António, sendo os mais habilidosos na cozinha, assumiram a tarefa com naturalidade.

Sabiam que enquanto eles estavam ocupados, os gritos e exclamações dos amigos a competir no FIFA iriam animar a casa inteira, e foi com um certo alívio que se afastaram por uns momentos daquela agitação para a cozinha.

Era raro terem um momento a sós, e, ao mesmo tempo, inesperado como a conversa entre os dois foi ganhando profundidade.

O cheiro da comida misturava-se com o aroma ligeiramente adocicado do whisky que tinham aberto para celebrar, mas logo o foco foi desviado para a conversa.

O Michel, normalmente reservado, soltava aos poucos uma confidência que parecia ter sido guardada por muito tempo.

Com o calor do álcool e a naturalidade da companhia, ele começou a desabafar sobre as dificuldades de cuidar do avô, os dias complicados em Taveiro, e como escondia certos detalhes da mãe para a poupar de preocupações.

Ele falava num tom que oscilava entre a seriedade e uma tristeza contida, e, quando fez uma pausa para respirar fundo, o António percebeu um brilho diferente nos olhos do amigo.

Eram lágrimas que o Michel tentava conter, mas que o silêncio cúmplice da cozinha permitiu que viessem à tona.

O António, que até então nunca vira Michel tão vulnerável, sentiu um impulso imediato de o confortar.

Aproximou-se e, sem pensar muito, puxou-o para um abraço. Mas aquele abraço, de início inocente, foi tomando uma dimensão nova.

A proximidade era maior do que em qualquer brincadeira ou situação casual entre amigos. O Michel deixou-se envolver, e António notou a forma como o amigo se moldava ao seu abraço, como se aquele gesto tivesse um peso diferente do habitual.

A respiração de ambos tornou-se mais lenta, mais profunda. Sentiam o calor dos corpos, a firmeza dos braços, e um aroma único misturado, entre o perfume leve do Michel e o cheiro da cozinha.

O António afastou-se um pouco, mas, antes de romper completamente o abraço, parou para olhar o Michel nos olhos.

Aqueles olhos cor de mel fixavam-se nos seus, e o António sentiu um arrepio inesperado. O seu olhar desceu para os lábios de Michel, que pareciam subitamente atrair toda a sua atenção.

Eram lábios carnudos, bem desenhados, e o António notou como contrastavam com a barba aparada que lhe dava um ar maduro e tranquilo. O seu coração acelerava, como se algo estivesse a despertar em si que ele não conseguia explicar.

Que sensação é esta? O que se passa comigo?”, questionava-se António, numa mistura de ansiedade e curiosidade.

Era como se tudo à sua volta tivesse desaparecido, e, por um instante, só existisse a presença do Michel.

Verdade sincera e envolvência miisturada com adrenalina

O Michel acabou por perguntar ao António:

“Já beijaste algum homem António? Talvez seja o álcool a falar, mas quero confessar-te uma coisa. Eu gosto de homens e acho-te bonito. Vais gozar comigo para sempre?”

O António naquele momento teve uma espécie de flash e viu todas as vezes em que insultou o Michel, em que o fez sentir-se mal.

Lembrou-se também das vezes que viu porno gay sozinho em casa e se reprimiu ou das alturas que esteve com mulheres só por estar.

Nesse exato momento, o António também teve um ataque de choro e pediu desculpas ao Michel, enquanto o abraçava de novo. Começou por falar ao ouvido e confessar o que por vezes fazia às escondidas.

O Michel reconfortou-o e disse-lhe:

“Anda aqui, anda cá” – ele pegou na mão do António e levou-o para dentro da dispensa da cozinha.

Era larga e cabiam facilmente 2 pessoas, pois tinha lá dentro o frigorífico e uma arca, fora o armário com as compras do mês.

Entraram os dois na dispensa e o Michel começou a tocar no rosto do António. O António ao início retraiu-se, mas logo se soltou com os sussurros do Michel.

“Confia… será algo só nosso” – disse o Michel enquanto aproximava os lábios dele dos do António.

Eles começaram a beijar-se, a enrolar as suas línguas e a tocar-se. O Michel procurava sentir como o António estava duro e pegava na mão dele, para que ele também sentisse o mesmo.

Beijos no pescoço, respiração ofegante no ouvido, as mãos a entrarem por dentro dos calções para sentir os paus duros.

A dado momento, o Michel disse que queria fazer uma coisa ao António e encostou-o à parede de azulejos. Ajoelhou-se, espreitou pela porta para ver se vinha alguém, abaixou os calções do António e começou a fazer-lhe sexo oral.

“Ui, tão bom! E se vem alguém?” – dizia o António para o Michel, enquanto este o abocanhava.

A boca afundava no pau duro do António e fazia-o delirar. A saliva escorria e entranhava-se na barba do Michel. A dado momento, ele acariava os seus testículos e masturbava o António.

Consequentemente, o Michel levantou-se e beijou de novo o António. Depois disse-lhe:

“Estou cheio de tesão… coloca a tua boca aqui” – Disse o Michel, enquanto segurava a mão do António e apertava contra os seus calções.

O António acabou por dizer:

“Eu nunca fiz isto. Acho que não sei fazer, vou aleijar-te” – afirmou o António.

O Michel acalmou-o e disse que o guiava e orientava.

A excitação era muita e o coração dos dois disparava pelo momento e porque os amigos podiam entrar dentro da cozinha.

O António abaixou-se, começou devagar a chupar e a brincar. Ao início estava receoso, mas depois como viu que o Michel gemia e estava a adorar, soltou-se.

“Que boca virgem tão boa, isso chupa” – O Michel estava louco.

O António foi fazendo algumas coisas que já tinha visto nos filmes porno e tentava imitar. Sentia-se a putinha do Michel e isso dava-lhe muito tesão.

O Michel (tendo em conta a situação) não se conseguiu controlar muito mais e disse que se ia vir, para o António se desviar, ao qual o António respondeu que queria experimentar o sabor do leite do amigo.

Os olhos do Michel arregalaram-se e num instante encheram-se de desejo. O esperma escorria na boca do António. Ele engolia enquanto olhava para o Michel.

O Michel depois disso, fez o António levantar-se e beijou-o na boca. De seguida, tirou uma saqueta do bolso da carteira (era uma amostra de lubrificante), tirou um preservativo, virou-se de costas e disse:

“Espalha o lubrificante no meu cu, coloca o preservativo e come-me… como comes as tuas amigas depois da discoteca”.

O António fez tudo o que o Michel mandou e teve um imenso prazer a comê-lo de 4.

Não conseguiu penetrá-lo por mais do que 5 minutos, por causa do momento e de estar a realizar a sua fantasia reprimida. Era a primeira vez que fazia sexo com um homem e sentia o Michel apertado, a contrair-se para ele.

Em 5 minutos, o António veio-se dentro do Michel, enchendo assim o seu preservativo. A adrenalina dominava os dois e escutar os amigos a rirem-se na sala provocava uma excitação extra a ambos.

Ao saírem da despensa, os dois voltaram aos preparativos do jantar, tentando manter a concentração.

Continuavam a mexer os bifes na frigideira (tinham desligado o fogão quando foram para dentro da dispensa) e a ajustar o lume do fogão, mas, de vez em quando, trocavam olhares rápidos e discretos, como se partilhassem um segredo silencioso que só eles compreendiam.

O ambiente entre os dois era eletrizante, carregado com uma tensão que nenhum dos dois ousava quebrar com palavras.

No meio deste momento, surgiu o Cardoso na cozinha. De forma descontraída, ele veio buscar mais umas minis e, sem desconfiar de nada, começou a falar sobre o jogo na sala e o entusiasmo do grupo.

O Michel e o António ouviram-no, acenando e respondendo com um sorriso, esforçando-se para manter a compostura. Mas, quando o Cardoso voltou para junto dos outros, os dois amigos soltaram um suspiro de alívio.

Foi então, quase sem pensar, que se aproximaram. Num impulso, os olhares cruzaram-se, e, sem hesitar, envolveram-se num beijo fulminante, intenso, que parecia carregar toda a emoção que tinham reprimido.

Era um momento só deles, fora da vista dos outros, onde puderam finalmente deixar a atração falar mais alto.

Quando se afastaram, ainda com as respirações ofegantes, os dois sorriram, e o António sussurrou uma promessa de que iriam repetir aquele momento antes de irem de férias, como uma despedida especial que ficaria gravada entre eles.

Com o coração acelerado, ajeitaram-se rapidamente, terminaram o jantar e voltaram para junto dos amigos.

Assim, numa noite marcada por risos, confidências e um segredo só deles, terminava mais um ano letivo.

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