Sessão com a Lua e pedido com ações – Completo

Tempo de Leitura: 26 minutos

Lua é um nome fictício. A Lua é uma cliente da Ana Beatriz que já fotografou com ela. Tem fotos da sessão no seu perfil e, curiosamente, costuma ter bastantes likes.

Hoje conto pormenores dos encontros que tenho tido com ela, mas também do pedido interessante que ela me deixou há uns tempos e onde a Ana Beatriz também está envolvida (vais entender porquê).

Vamos lá à história? De certeza que já estás impaciente para saber o que aconteceu.

Conversámos no instagram e marcámos um encontro

A primeira vez que vi a Lua foi através de uma fotografia. Uma imagem onde ela estava sentada num banco alto, uma perna ligeiramente cruzada sobre a outra, enquanto um vestido preto curto caía de forma estratégica, deixando espaço para a imaginação.

A luz era baixa, controlada, e parecia saber exatamente onde tocar na pele dela para realçar os contornos.

A fotógrafa era a Ana Beatriz, cujo trabalho eu acompanhava recentemente no Instagram. Mas aquela imagem em particular… havia algo na Lua que me fez parar.

Era mais do que beleza; era a forma como ela olhava para a câmara, como se soubesse algo que eu não sabia.

Reagi à foto partilhada no storie do perfil da Ana com um emoji de chama. Uma provocação simples, nada muito direto.

Depois fui visitar o perfil da Lua e comecei a seguir. Por lá, descobri mais stories diários e mais momentos partilhados em outros contextos. Fotos no trabalho, a passear e durante a pausa de almoço.

Lembro-me que reagi a alguns stories e ainda fui ver os destaques dela. No final, senti-me na obrigação de dizer que queria que ela não pensasse que eu era um stalker com tantas reações seguidas.

Não esperava resposta, mas algumas horas depois, recebi uma notificação: uma mensagem dela.

— Obrigada pelas reações.

Não foram muitas as palavras, mas foi assim que começámos a conversar. Eu continuei a responder e a Lua a alimentar o nosso diálogo. Ao início ela estava muito fria e respondia de forma simples e direta.

Depois de algumas mensagens “mais secas”, eu expliquei quem era, o que fazia e até lhe fiz o convite para participar num Versantes.

As primeiras abordagens (que demoraram alguns dias) apresentavam-se entre mensagens que começavam de forma leve, até provocações disfarçadas de elogios.

A cada troca, o tom subia um pouco mais, como se estivéssemos a brincar com a linha entre curiosidade e desejo.

Um dia, num impulso, perguntei:

— Como foi estar no estúdio da Ana? Pareces tão confiante nas fotos.

Lembro-me que ela demorou a responder (estava a trabalhar), mas quando o fez, o tom parecia carregado de intenções.

— Foi interessante… mas acho que faltou alguma coisa.

Eu quando li fiquei muito curioso e perguntei o que seria. A resposta veio logo de seguida.

— Um par de olhos diferente. Alguém que não esteja atrás da câmara, mas à frente.

Sorri. Sabia que era um convite velado. Percebi que tudo mudaria a partir dali e que a Lua queria conhecer-me pessoalmente.

No meio de todas aquelas conversas, tinhamos descoberto que vivíamos relativamente perto e até andávamos naquele mês a trabalhar pela cidade do Porto. No fim daquela semana, marcámos um café.

P.s – No meio das conversas, a Lua recebeu uma foto do meu rosto, pois não tinha outra forma de saber quem eu era, caso o café acontecesse.

1º encontro num café no Porto

O café foi marcado num pequeno recanto no centro do Porto, depois do trabalho.

Um edifício discreto, com janelas amplas que deixavam entrar a luz dourada do fim de tarde. Cheguei alguns minutos mais cedo, nervoso apesar de toda a confiança que tinha tentado transmitir nas mensagens.

Quando a Lua entrou, percebi imediatamente que a fotografia não lhe fazia justiça. Ela tinha um magnetismo ao vivo que era difícil de explicar.

O vestido leve que usava balançava com o ritmo descontraído dos seus passos, e o sorriso de canto denunciava que ela já sabia exatamente o impacto que causava.

— Cheguei atrasada? — perguntou, sem pressa alguma, enquanto pousava a mala na cadeira ao lado.

— Dois minutos, nada de grave — respondi, com um sorriso.

— És daqueles que conta o tempo? Que perfeccionismo irritante. — Ela revirou os olhos teatralmente, arrancando-me uma gargalhada.

O tom da conversa manteve-se assim, leve e provocante. Ela tinha o dom de transformar qualquer troca num jogo de palavras onde, mesmo sem intenção, me deixava na defensiva.

Falávamos sobre tudo: a fotografia, os cafés preferidos na cidade, até as suas aventuras no trabalho. A cada comentário, ela desarmava-me com humor afiado e observações inesperadas.

— Então, és mesmo um escritor? — perguntou, apoiando o queixo na mão, os olhos a analisarem-me como se procurasse desvendar algo.

— É um hobby. Ou pelo menos tento que seja. As pessoas têm gostado – disse-lhe eu com confiança e com um sorriso estampado no rosto.

— Hum… Não te preocupes, eu tento ser sexy nas fotos. Também é um trabalho em progresso.

Rimos. Não havia pressa naquele encontro. E, talvez por isso, também não houve toque. Só palavras, olhares e um clima quase impercetível que ficava suspenso entre nós. Ficámos por ali uma boa hora e meia, até que decidimos ir embora.

Quando nos despedimos, fiquei a observar enquanto ela se afastava, o cabelo a balançar com o vento.

No dia seguinte, recebi uma mensagem:

— Gostei. Mas ainda não estás aprovado.

O jogo continuava, embora eu não estivesse habituado a abordagens assim. Em bom rigor, nunca estou, pois gosto de controlar e de dominar a situação.

2º encontro com jantar em Braga

Alguns dias depois, marcámos um jantar em Braga. Escolhi um restaurante acolhedor, conhecido por pratos simples mas marcantes, e uma atmosfera que convidava à conversa.

Quando cheguei, a Lua já estava à mesa. Tinha uma taça de vinho na mão, as unhas perfeitamente pintadas de vermelho a contrastar com o vestido preto justo.

O sorriso no rosto era o mesmo de sempre: provocador e confiante, com uma pitada de diversão.

— Até que enfim — disse, recostando-se na cadeira como se já estivesse à minha espera há uma eternidade.

— Cinco minutos? És mesmo exigente. — respondi, sorrindo.

Ela levantou ligeiramente a taça, como quem reconhece o comentário, e respondeu com aquele tom de humor que já se tornara característico dela:

— Claro que sou. Por isso é que estou aqui contigo, não é?

Ri-me, entreguei-me ao jogo e deixei-me levar pelo ritmo dela.

O jantar foi uma mistura de conversa descontraída, pequenas provocações e momentos de silêncio em que os nossos olhares pareciam prolongar a conversa para além das palavras.

A Lua tinha uma habilidade desconcertante de manter o controlo sem parecer que o fazia.

Depois de dividirmos uma sobremesa — ela insistiu que eu provasse o cheesecake de frutos vermelhos, “porque ninguém resiste a um bom doce” — a Lua inclinou-se para mim, os cotovelos apoiados na mesa.

— E agora? Vais simplesmente deixar-me voltar para casa ou tens um plano mais interessante?

— Depende. Aceitas um copo antes de terminares a noite? — arrisquei, tentando manter o tom casual, apesar do nó de antecipação no estômago.

Ela esboçou um sorriso que parecia esconder um milhão de intenções.

— Só se o lugar for interessante.

Terminámos de jantar, saímos do local onde estávamos e fomos a caminhar até ao centro da cidade (não estávamos longe).

Acabámos num bar discreto, não muito longe do restaurante. O espaço era pequeno, com luzes baixas e música ambiente, perfeito para continuar a conversa sem pressa.

Escolhemos uma mesa num canto, onde ela se sentou ao meu lado, em vez de à frente. O movimento foi sutil, mas não me passou despercebido.

Ela pediu um gin tónico, e eu segui a mesma escolha. Conversámos mais sobre as fotografias da Ana Beatriz, as experiências que ela teve e como começou a posar.

A Lua tinha uma paixão inesperada pela fotografia, mas abordava o tema com o mesmo sarcasmo que usava para quase tudo.

— Não achas que posar é mais difícil do que parece? — perguntei, tentando explorar um lado mais sério.

Ela riu, dando um gole no gin antes de responder:

— Claro que é. Mas não é propriamente salvar vidas, é? No fundo, é só saber como ficar bonita de forma convincente e fingir que não estás desconfortável com luzes na cara.

Havia algo na maneira como ela dizia as coisas — despretensiosa e irónica — que fazia cada palavra parecer mais interessante do que realmente era. Então, enquanto brincava com o copo na mão, ela mudou o rumo da conversa.

— Queres ver algo? Algo que ninguém mais viu?

Fiquei curioso e ligeiramente desconfiado.

— Depende. O que tens para mostrar?

Ela pegou no telemóvel e abriu a galeria, deslizando pelos álbuns com a facilidade de quem sabia exatamente onde estava o que procurava. Depois colocou o telemóvel sobre a mesa, virado para mim.

— Estas são da última sessão com a Ana. Ainda não as publiquei e certamente não vou conseguir publicar.

As fotos eram surpreendentes. Não poderiam, certamente, ser publicadas, pois eram eróticas demais para a política restritiva do instagram. Diferentes das que a Ana Beatriz já tinha partilhado no Instagram e entendia-se porquê.

Havia uma intimidade nelas, uma intensidade que parecia capturar um lado da Lua que não era imediatamente visível.

Num dos retratos, ela estava deitada, com uma camisa de cetim que caía ligeiramente pelos ombros, deixando apenas vislumbrar a curva da clavícula e um olhar que parecia atravessar a câmara.

Noutra, estava em pé junto a uma janela, envolta apenas numa cortina de luz. A sensualidade era evidente, mas não era isso que mais me impressionava. Era a segurança, o controlo absoluto que transparecia em cada pose.

Em algumas fotos, conseguia ver os seus mamilos duros, a transparência da sua roupa interior, o sexappeal que transmitia,

— Não devias estar a mostrar isto a ninguém — murmurei, ainda absorvendo as imagens.

— Talvez não — respondeu ela, cruzando as pernas e inclinando-se ligeiramente para mais perto. — Mas gosto de partilhar as coisas certas com as pessoas certas.

— E o que te faz pensar que eu sou a pessoa certa?

Ela sorriu, o olhar cheio de mistério.

— Ainda estou a decidir.

A conversa ficou mais leve depois disso, mas o impacto daquele momento ficou comigo. Não era apenas a beleza das fotos ou a provocação implícita.

Era a confiança que ela tinha em si mesma, a capacidade de abrir um pouco mais do seu mundo, mesmo que fosse apenas uma fração.

Quando a noite terminou, levei-a até ao uber que ela já tinha chamado. Antes de entrar, virou-se para mim e, com aquele sorriso irónico de sempre, disse:

— Tens jeito para ver coisas, mas cuidado. Ainda posso surpreender-te mais do que pensas.

Fiquei parado ali, a observar enquanto o uber se afastava. A Lua continuava a ser um enigma, mas agora sabia que a cada passo ela estava a puxar-me para algo maior. Algo que ainda mal começara.

O desafio da Lua e marcação do 3º encontro

Depois de me despedir da Lua no uber, voltei para casa com a cabeça cheia de imagens, não só das fotografias que ela me tinha mostrado, mas também dos momentos daquela noite.

A Lua tinha uma maneira única de mexer comigo: o sarcasmo cortante, as provocações bem calculadas e a constante sensação de que ela estava sempre um passo à frente.

Estava a rever mentalmente os detalhes da noite quando o telemóvel vibrou. Era uma mensagem dela pelo Instagram.

Ao abrir, deparei-me com uma foto em visualização única.

A imagem não precisava de muitas palavras. A Lua, num close-up de meia altura, com uma lingerie de renda preta que parecia realçar cada detalhe do seu corpo.

A expressão dela era pura provocação: os lábios ligeiramente abertos, os olhos fixos na câmara como se soubesse exatamente o efeito que tinha.

A mensagem seguinte veio pouco depois:

— Tens um jeito para palavras. Vamos ver se consegues usá-las para mim. Escreve-me num conto.

Respirei fundo, tentando controlar o impacto que a foto e o desafio estavam a causar. Respondi com o mesmo tom descontraído:

— Aceito. Mas com duas condições.

A resposta veio quase instantaneamente:

— Não gosto de regras. Mas diz lá.

— A primeira: jantas em minha casa. Eu cozinho.

Demorou alguns segundos para a resposta aparecer.

— E a segunda?

— Escrevo o conto perto de ti, no momento. Quero que estejas lá para veres o processo.

A Lua demorou mais a responder desta vez, mas quando o fez, o tom da mensagem parecia combinar sarcasmo e desafio:

— Estás a convidar-me para jantar ou a desafiar-me a ver se aguentas a minha presença enquanto escreves?

— Talvez os dois.

Houve um intervalo antes da resposta final:

— Aceito. Mas não te distraias. Quero algo que me faça justiça.

Acabámos por combinar um jantar dois dias depois. A Lua voluntariou-se a vir mais cedo para me ajudar a cozinhar, eu aceitei o pedido.

Terceiro encontro em minha Casa

A Lua chegou mais cedo do que o combinado, o que já não era uma surpresa, pois tinha-me dito se me podia ajudar.

Estava impecável, como sempre: um vestido justo, o cabelo solto e aquele olhar que parecia ver mais do que eu mostrava.

— Espero que não te importes — disse, apoiando-se no balcão da cozinha enquanto eu organizava os ingredientes. — Gosto de ver o chef em ação.

— Desde que não interfiras no menu que pensei para hoje — respondi, sorrindo.

— Oh, não me atreveria. A não ser que precisasses de uma crítica honesta sobre o teu tempero.

A conversa começou com o mesmo tom descontraído, mas a proximidade dela começou a mudar a minha estratégia. A Lua estava do outro lado do balcão, os cotovelos apoiados, inclinando-se ligeiramente, como se soubesse exatamente o efeito que causava.

— Tens a certeza de que sabes cozinhar? — provocou, enquanto passava os dedos pelo gargalo de uma garrafa de vinho que eu tinha acabado de abrir.

— E tu, tens a certeza de que sabes ser paciente?

Ela riu, um som baixo e provocante, e inclinou-se mais um pouco.

— Não sou famosa pela paciência. Mas acho que não tens problemas com isso.

Havia algo no tom dela, no jeito como os olhos brilhavam, que tornou impossível resistir. Num instante, as mãos dela estavam no balcão, e no seguinte, ela estava ao meu lado, os lábios perigosamente próximos dos meus.

— Talvez devesse dar-te algum incentivo para o conto de hoje — disse, num sussurro, antes de roçar os lábios nos meus.

O toque foi suave, mas a intensidade do momento foi imediata. Não houve hesitação depois disso. As mãos dela agarraram a minha camisa, puxando-me para mais perto, enquanto o balcão, os ingredientes e o jantar foram esquecidos.

A cozinha tornou-se o nosso cenário. Entre beijos urgentes, as suas mãos exploravam o meu peito, enquanto as minhas seguiam o contorno das suas costas até à curva das ancas.

A Lua tinha uma maneira única de se mover, como se cada gesto fosse pensado para incendiar o momento.

— O jantar pode esperar — murmurou, com um sorriso que misturava provocação e desejo.

E foi o que aconteceu. A casa tornou-se um espaço de exploração e rendição, e a cozinha foi apenas o começo. Cada toque, cada beijo, parecia apagar a linha entre provocação e necessidade.

Quando finalmente nos rendemos por completo, o jantar era a última coisa em que pensávamos.

A cozinha tornou-se o epicentro do nosso momento, mas rapidamente ultrapassou a sua função original.

Cada movimento dela era calculado, mas parecia espontâneo, como se estivesse a comandar uma coreografia secreta a que eu apenas podia ceder.

As mãos dela exploravam-me com confiança, enquanto os meus dedos deslizavam pelo vestido justo, levantando-o até à cintura.

A Lua não hesitou. Com um gesto rápido e habilidoso, deslizou os ombros do vestido para baixo, deixando-o cair até à altura dos quadris, revelando a lingerie rendada que já tinha mostrado na fotografia enviada horas antes.

— Não estás a perder tempo — sussurrou ela, com um sorriso travesso.

— Só estou a acompanhar o teu ritmo.

Ela riu baixo, inclinando-se para me beijar. O sabor do vinho ainda estava nos seus lábios, quente e doce, enquanto os seus dedos puxavam levemente a minha camisa, desabotoando-a com uma paciência traiçoeira.

Cada botão parecia ser um jogo, e o brilho no olhar dela confirmava que estava no controlo.

Quando finalmente a camisa deslizou pelos meus ombros, ela percorreu o meu peito com os lábios, explorando lentamente, o toque suave contrastando com a intensidade do momento.

Os beijos dela desciam, deixando uma trilha de calor e saliva que fazia com que tudo à nossa volta se tornasse irrelevante.

— Gosto do teu perfume, cheira muito bem— murmurou, com a voz baixa e provocadora, enquanto as suas mãos seguravam a minha cintura, puxando-me para mais perto.

Não demorou muito para que o vestido fosse completamente esquecido no chão da cozinha, e eu a levantasse, colocando-a no balcão.

Ela inclinou-se ligeiramente para trás, os cabelos a cair pelas costas, o corpo relaxado, mas ainda no controlo. A Lua tinha o poder de tornar cada gesto num convite e numa provocação ao mesmo tempo.

Mas antes que o momento pudesse avançar mais, ela escorregou do balcão com a agilidade de quem sabia exatamente o que queria. Puxou-me pela mão até ao sofá na sala, onde se sentou sobre mim, com um sorriso travesso nos lábios.

— Não penses que vais ter tudo assim tão fácil — disse ela, ajeitando-se no meu colo, com a anca a mexer-se de forma deliberadamente provocante.

Inclinei-me para beijá-la novamente, mas ela colocou um dedo nos meus lábios, um gesto ao mesmo tempo brincalhão e autoritário.

— Calma, escritor. Tens uma tarefa importante hoje, e ainda nem começámos o jantar.

Sorri, percebendo o jogo. A Lua sabia exatamente o impacto que tinha e aproveitava cada momento para prolongar a tensão.

Ela inclinou-se para a frente, os lábios roçaram os meus apenas o suficiente para deixar um sabor de antecipação. Depois levantou-se com um ar casual, como se o que acabara de acontecer não fosse mais do que uma brincadeira.

— Vamos voltar à cozinha. Não quero queimar o jantar — disse, virando-se para me lançar um último olhar cheio de intenções.

Fiquei alguns segundos no sofá, tentando recompor-me enquanto a via desaparecer pela porta da sala, o som dos seus passos a ecoarem pelo corredor. A Lua não era apenas uma provocadora; era uma estratega.

E eu estava completamente rendido ao seu jogo, bem excitado e doido para me envolver com ela.

O Jantar: Um jogo de provocações

Voltámos para a cozinha, mas o ambiente continuava carregado e a energia sexual estava no ar.

A Lua encostou-se ao balcão, observando-me enquanto organizava os ingredientes que tinham sido esquecidos momentos antes. Ainda vestia apenas a lingerie e uma camisa minha que tinha apanhado do chão, deixando-a aberta, com um ar provocador.

— Não acredito que vais mesmo cozinhar depois de tudo aquilo — disse ela, cruzando os braços, o sorriso de sempre a brincar nos lábios.

— Não és tu que disseste que querias jantar? — respondi, tentando concentrar-me na tarefa, apesar do nó de desejo que me apertava o estômago.

— Quis. Mas não pensei que fosses tão disciplinado. — A sua voz estava carregada de insinuação, mas ela manteve-se encostada ao balcão, observando-me em silêncio, como quem planeava o próximo movimento.

Cozinhar tornou-se uma tarefa quase impossível. Cada vez que me mexia, sentia o olhar dela cravado em mim, como se estivesse a avaliar todos os meus gestos.

A proximidade dela, o perfume suave e o som ocasional de uma gargalhada abafada faziam com que o ar parecesse mais pesado.

— Tens mesmo jeito para isto — disse ela, depois de me ver servir os pratos na mesa. — Talvez deva contratar-te como chef pessoal.

— Só se o pagamento for interessante — provoquei, enquanto nos sentávamos.

Ela não respondeu de imediato. Em vez disso, cruzou as pernas lentamente, debaixo da mesa, enquanto levava um garfo de comida à boca. Aquele gesto simples foi o início de algo mais.

— Acho que posso pensar numa forma de te compensar — disse, com os olhos fixos nos meus.

Foi então que senti o pé dela tocar-me debaixo da mesa. Um toque leve, experimental, mas cheio de intenções.

Continuei a comer, enquanto fingia que não percebia, mas o calor no meu corpo era inegável.

A pressão aumentou. O pé dela subiu pela perna das minhas calças até parar entre as minhas coxas, exercendo uma pressão que me fez perder completamente o foco no prato à minha frente.

A Lua fingia naturalidade, conversando como se nada estivesse a acontecer, mas o brilho nos olhos dela denunciava que sabia exatamente o que estava a fazer.

— Tens alguma coisa a dizer? — perguntou, com um sorriso provocador, enquanto a pressão aumentava.

— Só que estás a tornar isto muito difícil — murmurei, tentando manter o controlo da minha voz.

— Difícil? Mas eu nem comecei a sério. — A resposta veio num tom baixo, quase num sussurro.

A comida foi esquecida. Levantei-me de repente, puxando-a pela mão. Ela riu, divertida, enquanto me deixava guiá-la para fora da mesa.

— Finalmente! Já estava a achar que a tua disciplina era maior do que o teu desejo — brincou, enquanto a levava para o quarto.

Quando chegámos, o quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz suave da rua que entrava pela janela. Não houve hesitação desta vez.

A Lua deitou-se e ficou de costas, os cabelos espalhados pela almofada como um leque escuro que contrastava com os lençóis claros.

Os olhos dela brilhavam no semi-escuro, carregados de um misto de desafio. Cada movimento do corpo dela parecia calculado, como se quisesse testar até onde eu iria.

Aproximei-me devagar, sentindo o calor do momento envolver-nos. Quando me debrucei sobre ela, os lábios dela roçaram nos meus, mas antes que pudesse aprofundar o beijo, ela inclinou a cabeça, escapando-me com um sorriso provocador.

— Vais continuar a hesitar? — sussurrou, a voz baixa e carregada de indiretas.

A provocação dela foi o ponto de partida. Agarrei os pulsos dela, prendi-os acima da cabeça contra a cama, segurando-os firmemente com uma mão.

A Lua arqueou as costas ligeiramente, os lábios a soltarem um gemido baixo, mas o olhar continuava desafiador.

— Agora quem manda sou eu — disse, a voz firme, enquanto os dedos da outra mão deslizavam lentamente pela curva do pescoço dela, descendo pelo contorno dos ombros e até ao vale entre os seios.

Ela tentou mexer-se, testar os limites do meu controlo, mas a força dos meus dedos nos seus pulsos fez com que parasse.

— Parece que afinal tens jeito para liderar — murmurou, mordendo o lábio inferior, sem perder o ar provocador.

Sem responder, inclinei-me, capturando o lábio inferior dela entre os meus dentes, puxando-o levemente antes de aprofundar o beijo. O som baixo que ela soltou enquanto os nossos corpos se pressionavam foi como um incentivo.

Com a mão livre, explorei cada curva do corpo dela, os dedos traçando linhas lentas e firmes pela cintura, pelas ancas, até encontrar os seus pontos mais sensíveis.

A Lua gemeu, tentando mexer-se novamente, mas eu mantive-a no lugar, aproveitando cada reação para intensificar o momento.

— Gostas de testar os meus limites, não gostas? — perguntei, os lábios roçando o ouvido dela enquanto a minha mão apertava levemente a parte interna da sua coxa.

Ela riu baixinho, o som entrecortado por um suspiro.

— Talvez… mas parece que és melhor do que eu esperava.

Inclinei-me novamente, deixando uma trilha de beijos quentes e demorados pelo seu pescoço, enquanto soltava os seus pulsos apenas para ver o que ela faria.

A Lua deslizou as mãos pelos meus ombros, os dedos cravando-se na minha pele enquanto os nossos corpos se fundiam num ritmo intenso e incontrolável. Ela sentia como eu estava excitado, levava as mãos, volta e meia, ao meio das pernas para sentir o volume.

Quando os seus movimentos começaram a perder a provocação inicial, substituídos por um abandono completo, aproveitei para assumir o controlo por completo.

Segurei as suas ancas com firmeza, pressionando-a contra a cama enquanto me movia.

— Olha para mim — ordenei, com a voz baixa mas cheia de autoridade.

Os olhos dela encontraram os meus, finalmente rendidos. A Lua tinha-se tornado minha naquele momento, não porque eu a tivesse forçado, mas porque ela escolheu ceder.

A noite avançou entre movimentos intensos e pausas suaves, cada momento uma dança entre domínio e entrega. Quando finalmente caí ao lado dela, o sorriso no rosto dela era de pura satisfação.

— Submissa, hmmm? Não sei se gosto do título — brincou, ofegante, ainda tentando recuperar o controlo do momento.

Inclinei-me para beijar-lhe o ombro, deixando escapar um sorriso.

— Não é um título. É apenas o que acontece quando te entregas a quem sabe cuidar de ti.

A Lua não respondeu. Limitou-se a fechar os olhos, o sorriso ainda nos lábios, enquanto o silêncio preenchia o quarto.

Depois de alguns minutos em silêncio, ambos ainda ofegantes, levantei-me da cama. A Lua seguiu-me com o olhar, curiosa, mas não disse nada.

Caminhei até à secretária encostada no canto do quarto, abri uma das gavetas e procurei por um bloco de papel e uma caneta. Quando os encontrei, voltei para a cama, deitando-me ao lado dela.

— O que estás a fazer? — perguntou, com aquele tom divertido que parecia sempre esconder segundas intenções.

— Tive uma ideia. Quero que escrevas algo.

Ela arqueou uma sobrancelha, desconfiada, mas não resistiu.

— Estou a ouvir.

— Quero que envies uma mensagem à Ana Beatriz agora, enquanto eu vejo, a perguntar quando é que ela tem disponibilidade para uma nova sessão.

A Lua riu, inclinando-se para apanhar o telemóvel na mesinha de cabeceira.

— E por que é que eu faria isso agora? — perguntou enquanto desbloqueava o ecrã.

— Porque tenho algumas sugestões para a próxima sessão, e quero que tu as envies diretamente a ela.

Conversa com a Ana Beatriz e uma ação inusitada minha

Ela abanou a cabeça, fingindo resignação, mas a curiosidade venceu. Abriu a conversa com a Ana Beatriz e olhou para mim.

— Então, o que escrevo?

— Começa com algo simples. Pergunta pela disponibilidade dela para as próximas semanas.

Ela digitou enquanto eu observava, mas o sorriso no canto dos seus lábios sugeria que sabia que havia mais.

— E depois?

— Depois diz que queres algo diferente desta vez. Que queres explorar a tua sensualidade de um jeito mais intimista, mas provocador.

A Lua começou a escrever, mas foi interrompida pelo meu movimento. Enquanto ela se concentrava no telemóvel, inclinei-me e deslizei o meu corpo mais para baixo, posicionando-me entre as suas pernas.

— O que estás a fazer? — perguntou, rindo, mas sem parar de digitar.

— Só a garantir que estás suficientemente inspirada.

Sem esperar pela resposta, comecei a beijar a sua coxa, cada toque lento e deliberado, subindo gradualmente até encontrar o ponto onde ela já estava completamente receptiva.

O corpo dela reagiu imediatamente, arqueando-se levemente, mas a Lua tentou manter o foco no telemóvel.

— Como é que suposto escrever… assim? — murmurou, entre suspiros.

— Esse é o desafio — respondi, com um sorriso antes de me dedicar completamente a ela.

A minha língua explorava cada curva, cada detalhe, enquanto os gemidos dela se misturavam com risadas frustradas. Era evidente que ela estava a tentar concentrar-se, mas a tarefa tornava-se cada vez mais difícil.

— Escreve que queres algo que mostre não só a tua força, mas também a tua vulnerabilidade — sussurrei contra a pele dela, deixando-a estremecer.

Ela tentou obedecer, mas as palavras saíam com dificuldade. As mãos dela tremiam levemente enquanto digitava, e o som de notificações sendo enviadas era interrompido pelos gemidos que ela não conseguia conter.

— Já… enviei… — disse ela, finalmente largando o telemóvel e deixando-o cair na cama.

Levantei a cabeça por um momento, observando-a. Estava completamente entregue, os olhos semicerrados, o peito subindo e descendo rapidamente. Contorcia-se a cada toque que fazia no seu clitóris.

— Bom trabalho — disse, antes de me inclinar novamente para terminar o que tinha começado.

A Lua riu, ofegante, mas rendeu-se completamente, deixando-me no controlo enquanto a tensão no quarto aumentava até ao inevitável.

— Continua… — pediu, com a voz baixa, quase um sussurro.

Inclinei-me para beijar a curva do seu quadril, mas parei subitamente, deixando-a no limiar do desejo.

— Não — disse, endireitando-me e saindo da cama.

— O quê?! — exclamou, erguendo-se ligeiramente sobre os cotovelos, com uma expressão entre surpresa e irritação.

— Não me lembro de teres parado quando foi a tua vez de me provocar — respondi, lançando-lhe um sorriso cheio de malícia enquanto me dirigia para a porta do quarto.

— A sério?! Vais fazer-me isto agora? — perguntou, incrédula, mas também divertindo-se com o troco.

— Sim. Acho que está na altura de provares do teu próprio veneno. — Olhei para trás, piscando-lhe o olho antes de sair.

Dirigi-me para a cozinha, onde o cenário do nosso momento anterior ainda estava desarrumado. Os pratos estavam intactos sobre a mesa, o balcão cheio de ingredientes esquecidos.

Comecei a organizar as coisas calmamente, quase como se estivesse sozinho em casa.

Poucos minutos depois, ouvi os passos dela na escada. A Lua apareceu na cozinha, ainda enrolada na camisa que usava antes, mas com um ar desafiador.

— Não vais mesmo voltar lá para cima? — perguntou, cruzando os braços e encostando-se à porta, enquanto me observava.

— Não — respondi, sem olhar para ela. — Temos uma cozinha para arrumar e um jantar para terminar, lembras-te?

Ela suspirou, mas acabou por entrar na brincadeira.

— Sabes que isso não vai ficar assim, não sabes? — disse, aproximando-se e ajudando-me a organizar os pratos na bancada.

— Tenho a certeza que não. — Sorri, aproveitando a proximidade dela para lhe roubar um beijo rápido.

Chegava a hora do fim da noite

Depois de arrumarmos a cozinha, voltámos para a sala, onde o vinho ainda nos esperava. A Lua sentou-se no sofá, cruzando as pernas de forma provocante, mas desta vez o sorriso no rosto dela era mais suave. O jogo tinha mudado.

— Sobre a sessão com a Ana Beatriz… — começou ela, brincando com o copo na mão, o olhar divertido mas atento.

— Sim?

— Acho que te vou deixar escolher o conceito. Afinal, pareces ter ideias interessantes.

Inclinei-me na direção dela, apoiando os cotovelos nos joelhos, e devolvi o sorriso, provocador.

— Então queres que eu te provoque também na frente da câmara?

Ela riu, mordendo levemente o lábio, o olhar carregado de intenções.

— Talvez. Mas lembra-te: a Ana vai estar lá, e ela tem um talento especial para capturar momentos inesperados.

Ficámos em silêncio por um momento, apenas a observar-nos, como se tentássemos adivinhar o próximo movimento um do outro. Finalmente, rompi o silêncio com um tom casual:

— Prometi-te um conto, mas estava a pensar em algo diferente. Algo mais… prático.

Ela arqueou uma sobrancelha, intrigada.

— Diferente como?

— Vou criar uma lista de ações para ti, coisas que só vais descobrir no dia da sessão. Vou entregá-la à Ana Beatriz, e ela vai lê-la em voz alta enquanto te fotografa.

O sorriso dela desapareceu por um momento, substituído por uma expressão de surpresa que rapidamente se transformou em desafio.

— A sério? E o que exatamente vais colocar nessa lista?

— Nada que não estejas pronta para fazer — respondi, com um sorriso enigmático. — A ideia é que tu apenas te entregues à direção. Será algo entre mim e a Ana, e tu só vais perceber o que está escrito quando estiveres no estúdio.

Ela inclinou-se para trás no sofá, girando o copo na mão enquanto me observava. Finalmente, sorriu.

— És ousado, tenho de admitir. Mas vou confiar em ti.

— Ótimo. E em vez de estar lá a assistir, prefiro saber que cada ação será uma surpresa para ti. A Ana vai capturar a tua reação genuína.

A Lua levou o copo aos lábios, o sorriso cheio de mistério, mas não disse mais nada. Aceitar o meu desafio parecia a forma perfeita de encerrar a noite, com a promessa de algo maior por vir.

Depois a noite continuou, com muita diversão e mais atos sexuais pelo meio.

2 semanas depois: A sessão com a Ana Beatriz

A Lua e a Ana Beatriz chegaram ao estúdio improvisado no quarto de uma amiga, um espaço elegante com luz natural suave que entrava pelas grandes janelas.

O ambiente era perfeito para uma sessão mais íntima, mas o verdadeiro detalhe interessante estava no envelope que ela segurava.

A Ana Beatriz já sabia o que estava preparado, pois pelo caminho (foram juntas no carro da Lua), a Lua contou-lhe que trazia um envelope de um amigo com indicações secretas.

Ao chegarem ao local definitivo, entraram dentro do apartamento e quando a Ana Beatriz fechou a porta, olhou para Lua com curiosidade.

— Tens o envelope contigo, certo?

A Lua confirmou e entregou-lhe o envelope com um sorriso enigmático, os lábios a curvarem-se num misto de ansiedade e desafio.

A Ana abriu o envelope com cuidado, retirando a folha dobrada e começou a ler as instruções. A cada linha, o sorriso da fotógrafa tornava-se mais largo.

— Ele realmente pensou em tudo, não foi? — perguntou, levantando os olhos para a Lua.

— Ele sabe como provocar. Mas estou pronta — respondeu a Lua, cruzando os braços, com a confiança a mascarar a curiosidade crescente sobre o que estava por vir.

A Ana ajustou a câmara e começou a dar instruções com base na lista. As instruções eram seguidas pelas ações imediatas da Lua. Eis tudo o que aconteceu

Mamilos molhados com saliva
— Quero que lambas a ponta dos dedos, devagar, e depois passes nos mamilos — instruiu a Ana ao ler, com a câmara já preparada para capturar o momento.

A Lua obedeceu, com os olhos fixos na câmara enquanto a língua deslizava pelos dedos com uma sensualidade deliberada.

Depois, deixou os dedos descerem pelo corpo até encontrar os seios, molhando suavemente os mamilos. O clique da câmara parecia intensificar o momento, capturando a entrega dela.

Rabo marcado com palmadas
— Agora vira-te de costas, afasta o cabelo, e dá-te uma palmada. Quero ver a marca na pele – leu a Ana, ainda envergonhada e perplexa com os pedidos. Embora estivesse fora da sua zona de conforto, estava a alinhar na brincadeira.

A Lua hesitou por um segundo, mas o desafio no olhar de Ana e a lembrança de quem tinha criado a lista fizeram-na ceder.

Levantou a mão e deu uma palmada firme, deixando uma marca vermelha no lado esquerdo. A câmara não perdeu nada: a expressão dela, os movimentos do impacto, e a cor viva que surgiu na pele.

Aperta o pescoço e lembra-te de mim
— Coloca uma mão no pescoço, aperta suavemente e olha para a câmara como se estivesses a brincar com o controlo.

A Lua levou a mão ao pescoço, apertando-o com cuidado enquanto inclinava a cabeça ligeiramente para o lado. O olhar que lançou à câmara era hipnotizante, misturando vulnerabilidade e poder.

De quatro, mão entre as coxas
— Agora fica de quatro na cama. Quero que leves uma mão por dentro das coxas e segures, como se estivesses a esconder algo que a câmara quer ver. Quero-te nua – A Ana Beatriz lia agora com firmeza, convição e estava já compenetrada no desafio.

Antes de se posicionar, a Lua despiu-se toda e começou com movimentos fluidos e sensuais. A mão deslizou lentamente por entre as pernas, os dedos quase tocavam o clitóris saliente, enquanto os olhos dela procuravam a lente.

A Ana clicou várias vezes, mudando os ângulos para capturar cada detalhe. Esta foi, possivelmente, a posição em que mais tempo se demoraram, por conta dos cenários e hipóteses que criaram.

Chupar os dedos
— Para terminar, quero que coloques os dedos na boca, chupando-os devagar. E quero que olhes diretamente para a câmara. Faz com que quem veja as fotos sinta que estás a falar com eles – leu a Ana Beatriz com uma voz calma e também um pouco excitada.

A Lua seguiu as instruções, com os lábios a fecharem-se lentamente sobre os dedos enquanto os olhos se fixavam no centro da lente. Era uma imagem que exalava desejo, controlo e entrega ao mesmo tempo.

Mais fotografias foram tiradas e as duas estiveram por ali perto de 45 minutos.

Quando terminaram, a Ana guardou a câmara e olhou para a Lua, que ainda estava sentada na cama, os cabelos desalinhados e com a pele a brilhar à luz suave que atravessava as cortinas.

— Ele sabia exatamente o que estava a fazer — comentou a Ana Beatriz, divertida.

A Lua riu, ao mesmo tempo que pegava numa toalha para limpar os mamilos e o pescoço.

— Ele sempre sabe. Mas tenho a certeza de que vai adorar estas fotos.

A Ana sorriu, enquanto olhava para a galeria na câmara e rodopiada o polegar para assim ver as fotos que tinha tirado.

— Acho que quem vai adorar és mesmo tu, quando perceberes o que ele fez. Quando as editar, envio-te como de costumo.

A sessão terminou, as duas foram-se embora e a Lua deixou a Ana Beatriz em casa.

Dias depois, quando as fotos chegaram às mãos da Lua, ela partilhou logo comigo e agradeceu o desafio. Cada imagem parecia capturar não só o corpo da Lua, mas também a alma dela — um jogo de poder e entrega que só nós dois entendíamos.

Foi assim que, mesmo sem estar presente, consegui fazer parte de algo que era unicamente dela, mas que, ao mesmo tempo, tinha um pedaço de mim.

E tudo graças à criatividade da Ana Beatriz e da safadeza da Lua.

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